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A partida.

24 de Agosto de 2016



Escrevo sentada no avião, já sem lágrimas mas com o coração ainda apertado! É um grande misto de emoções mas deixo-me levar, com a fé de que tudo vai correr bem. É nestes momentos que colocamos tudo em causa.


Será o que nos move, verdadeiramente justificável?



Teremos realmente necessidade de nos expor a estas situações? Não me lembro de nenhuma vez em que tenha sido tão difícil sair do meu país, deixar a casa, a família e os amigos para trás, mas também não me lembro de ter insistido tanto em levar um projecto para a frente, como agora.


Com os meus 19 anos, tenho a enorme sorte de ter uns pais que me deixam sair de casa com uma mochila cheia de dúvidas e destinos incertos, mas que deixam...

O coração deles fica mil vezes mais apertado do que o meu, porque são pais, mas ainda assim têm a capacidade e coragem de perceberem que é o caminho “certo, ainda que incerto”.


O meu pai sempre disse que “a melhor forma de ensino é o exemplo”. E com eles aprendi também que a maior forma de amor é deixar ser livre, aquilo que é nosso.

Só agora percebemos a dimensão que podem tomar as nossas decisões, pois a realidade começa aos poucos a cair, os planos começam a deixar de ser só planos, e pronto - de repente estou sozinha, sentada no avião com destino ao sudeste asiático.

Chegarei ao Dubai dentro de 7 horas, prosseguirei para Phnom Penh passando por Banguecoque. Que seja.

Por agora, é com coragem na alma e alegria no olhar que pretendo seguir viagem!

Fecho os olhos ao medo e inseguranças e arrisco-me a viver.

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